Júnior Tondelli: FELIZ NATAL

REFLEXÃO

Todos os anos no dia 24 de Dezembro, um grupo de amigos se reúnem parar fazer a tradicional festa de Natal. Os amigos são basicamente constituídos por advogados, engenheiros, médicos, empresários entre outros.
Um imenso salão está completamente decorado. As famílias vão chegando aos poucos, até que as luxuosas dependências estejam lotadas, com muitas crianças e seus parentes.
Uma gigantesca árvore de natal está montada bem ao centro do salão, com centenas de pacotes coloridos, anunciando bons presentes para a criançada. O Buffet está impecável, com direito a todos tipos de comida das mais deliciosas que podemos saborear em uma ceia .
As crianças brincam a vontade nos diversos brinquedos que o salão dispõe. Os adultos exibem seus luxuosos relógios, sapatos, colares e vestidos. E comentam a respeito do carro que acabaram de trocar para iniciar o ano com um possante zerado. E também contam para onde estão planejando passar as férias, com aquela dúvida entre o exterior ou alguma bela praia do nosso litoral.
Chegado a hora tão esperada. Exatamente à meia-noite, todos se abraçam e estampam um belo sorriso. Algum tipo de desafeto que por ventura existe entre parentes, já é coisa do passado. Ao menos naquele momento, afinal é o espírito natalino.
As crianças começam a abrir seus pacotes. Pacotes estes pesados, que começam a revelar coisas banais do tipo, vídeo games de ultima geração, carrinhos de controle remoto, mini games, bonecas que falam, dançam e choram, e até alguns laptops, afinal computadores já não é coisa só para adultos.
Quase todas as crianças estão satisfeitas. Menos uma que ao invés de ganhar o vídeo game desejado, acabou ganhando um mini game que era caríssimo e de ultima geração. Essa criança no seu ato de rejeição, pegou seu presente e o atirou na parede transformando em alguns destroços, totalmente inutilizado. Os pais vendo a cena foram até a criança e pediram para ela ficar calmo, que no outro dia eles iriam ao Shopping e comprariam o vídeo game que desejava. A mãe, para acalmá-lo mais ainda pegou um pedaço de panetone e deu para ele comer. Ele olhou e verificou que aquele não era o panetone que gostava, porque estava faltando gotas de chocolate, e então pegou e arremessou para fora do salão.
Aquele pedaço de panetone jogado havia caído perto do meio fio em uma calçada. Se aproximar uma criança que se abaixou e pegou aquele pedaço. Ele tirou a terra que havia sujado, soprou mais um pouquinho e repartiu em dois pedaços. Deu para sua irmã de 7 anos, que sempre o acompanhara. Ele sentou em sua caixa de engraxate e ela sentou ao meio fio. Comeram aquele panetone e acharam delicioso. Esperaram mais alguns minutos, e nenhum panetone havia caído de novo para que eles o saboreassem. Cansado de esperar ele pegou sua caixa de engraxate, segurou na mão de sua irmãzinha e os dois foram embora, sujos e descalços, sem nunca saberem o que significava esse tal espírito de Natal.
Moral da História: Abra sua mente e avalie, somos todos culpados. Reclamando em frente de nossos computadores, o qual já achamos que precisa de um upgrade. Os verdadeiros necessitados estão lá fora, e a gente aqui reclamando de barriga cheia. Vamos sentir vergonha de nosso egoísmo e mediocridade, que mesmo você pensando que não tem, mas sempre terá pelo simples fato de participar passivamente. Abrir um lugar na sua agenda no final de ano, e soltar sua face solidária é fácil, quero ver praticar isso durante todo o ano, e tentar fazer um mundo melhor.

O VERDADEIRO NATAL

Ao entrar no Shopping ficamos deslumbrados com os efeitos produzidos pelas luzes, que apontavam diretamente para um imenso pinheiro enfeitado com caixas embrulhadas em papéis multicoloridos... Ao lado da árvore estava uma manjedoura com um boneco de uma criança, ao seu lado um casal... Um pouco mais distante, estavam alguns bonecos de homens trajados rudemente... Do outro lado do pinheiro havia uma casa toda coberta de pequenas lâmpadas, ao seu lado um trenó puxado por renas, e dentro da casa um homem vestido de vermelho, com longas barbas brancas... Um gorro vermelho na cabeça... Um saco vermelho nas costas. O quadro, ainda que confuso, trouxe-me à consciência o fato de que estamos às vésperas do Natal...
Sinceramente percebemos que cada ano que se passa as representações se torna mais confusas, a ponto de o significado do Natal estar cada vez mais sendo esquecido em detrimento dos novos personagens que compõem esta nova história’: Papai Noel, Mamãe Noel, luzes, enfeites, presentes, comércio, banquetes... Então demos conta que no nascimento de Jesus, o Cristo, as circunstâncias também não eram diferentes... O fato que mudou a história da humanidade aconteceu na periferia de uma pequena vila, e os personagens mais próximos eram pastores de ovelhas, e alguns misteriosos reis do oriente... Nada de opulência! Nada de luzes! Nada de enfeites! Havia presentes, sim! O mais importante dos presentes! Aliás, o único que O Aniversariante continua esperando dos seres humanos: o LOUVOR!
O nascimento de Jesus Cristo é anunciado aos pastores em meio à música entoada por um coro angelical (Lucas 2.10-14). Particularmente, cremos que os anjos cantam para ensinar aos pastores que Jesus, o Cristo, é o Deus que merece toda Honra e todo Louvor. Os pastores aprenderam bem a lição... Não somente os pastores louvam a Jesus, como também os três reis-magos do oriente, que o fazem presenteando-O com ouro, incenso e mirra (Mateus 2.11), respectivamente símbolos da Realeza de Jesus (Apocalipse 17.14), do Sacerdócio de Jesus (Lucas 1.9; Hebreus 10.10-13), e da Sua morte propiciatória (João 19.39).
Então descobrimos o verdadeiro sentido do natal: Jesus nasceu! Seu nascimento é motivo de louvor, porque Ele é o Sacerdote que representa e intercede por todos os seres humanos da face da terra, em todas as eras, em todos os lugares, em todo o tempo, oferecendo-lhes gratuitamente o perdão dos pecados e a vida eterna. Jesus merece todo louvor, porque é Rei. Não um rei cujo trono se estende no mundo pelo poder da espada e da opressão! Não! Jesus é o Rei, cujo Reino está dentro dos corações dos que confessam Sua majestade e dão crédito às Suas palavras de Vida, Poder, Graça e Amor (Mateus 17.21).
É tempo de Louvor ao Único que merece toda a honra, toda a glória e toda a adoração!